Este sítio destina-se a divulgar a minha actividade pessoal de âmbito profissional e investigacional, na integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação. O sítio contém uma zona de acesso público e outra de acesso reservado destinada ao arquivo de dados de investigação que, por questões éticas, não podem ser divulgados publicamente.

Organização do sítio

A coluna esquerda contém o acesso à área restrita, a alguns documentos públicos sobre o Squeak Etoys e outras ligações relacionadas com a finalidade deste espaço de presença.

Na parte superior existe um painel de navegação que possibilita aceder a artigos e outros textos publicados, ao software Squeak Etoys para diversas plataformas e informações adicionais.

Objectivos

Ao pretender, com este trabalho de investigação, dar a conhecer o meu percurso de vida em busca das TIC na educação, assumo a sua importância na aprendizagem das crianças como evidente e comprovada por muitos investigadores. Com Papert [8,9,10] aprendemos a pensar sobre como pensar sobre tecnologia e aprendizagem, os micro mundos e a cultura matemática dos computadores, a criar um relacionamento mais pessoal e menos alienatório com o conhecimento e a inovar, procurando encontrar com os computadores coisas melhores para as crianças fazerem e melhores formas de as levar a pensar sobre formas diferentes de elas próprias fazerem essas coisas. Em Sherry Turkle [15,16], usando abordagens concretas e pessoais do conhecimento que estão longe dos estereótipos culturais da matemática formal e perto da relação entre o pintor e a sua tela, encontramos a diversidade das práticas com os computadores que a construção social nega. Alan Kay [1,2,3,4,5] ofereceu-nos o computador pessoal antes de o termos sequer imaginado e tornou-o portátil, flexível e acessível às crianças. Propôs-nos um conceito de relacionamento pessoal e dinâmico com os media, tornou-nos autores de TIC e reensinou-nos a aprender fazendo, com o Squeak Etoys. Gavriel Solomon [13,14] ajuda-nos a desmistificar o papel das TIC e alerta para o facto de que os alunos usam estratégias próprias, activas, e construções intelectuais prévias na abordagem das tecnologias que lhes advém de experiências e assumpções anteriores. Mitchel Resnick [11,12] aponta-nos à consciência o fosso que estamos a cavar entre ricos e pobres, considerando ricos os que têm acesso e pobres os que não têm acesso às TIC. Avisa-nos para os desafios do mundo digital em que nos envolvemos e propõe o "pensamento criativo em espiral", processo pelo qual imaginamos o que queremos fazer, criamos projectos com base nas nossas ideias, brincamos com as nossas criações, partilhamos ideias e criações com outros e reflectimos sobre as nossas experiências, chegando assim à imaginação de novas ideias e de novos projectos com TIC. Nicholas Negroponte [6,7], apresenta-nos a sua visão sobre o futuro das tecnologias digitais na mediação social. Especula sobre como podem e como devem evoluir as TIC e antevê o impacto que terão nas nossas vidas. A digitalização, entre muitas outras vantagens, permite corrigir deficiências de comunicação e comprimir dados, facilitando a nossa mobilidade e o acesso à informação, ao mesmo tempo que transfere os maiores desafios do campo técnico para o campo criativo e desloca o poder/dever de censura/crítica da esfera de acção do emissor para a do receptor.
Concluímos que as TIC catalisam mudanças, não apenas no que fazemos, mas na forma como pensamos sobre o pensamento humano, a emoção, a memória e a compreensão, colocando os computadores na fronteira entre o inanimado e o animado.

Referências

[1] Kay, A. (1972). A Personal Computer for Children of All Ages. ACM National Conference, Boston, MA: ACM.

[2] Kay, A. (2002). The Dynabook Revisited: A Conversation with Alan Kay. Essays. Consultado em 22-12-2007, em http://www.squeakland.org/school/HTML/essays/dynabook_revisited.htm

[3] Kay, A. (2007a). Children Learning by Doing Squeak Etoys on the OLPC XO (VPRI Research Note RN-2007-006-a). Glendale, CA: Viewpoints Research Institute.

[4] Kay, A., & Goldberg, A. (1977). Personal Dynamic Media. Computer, 10(3), 31-41.

[5] Kay, A., & Goldberg, A. (2003). Personal Dynamic Media. In N. Wardrip-Fruin & N. Montfort (Eds.), The New Media Reader (pp. 391-404). Cambridge, MA: The MIT Press.

[6] Negroponte, N. (1995). Being Digital: Random House Inc.

[7] Negroponte, N., Resnick, M., & Cassell, J. (1999). Creating a Learning Revolution. Learning Without Frontiers. Technology and Learning Portfolio. Consultado em 21-05, 2007, em http://www.unesco.org/education/educprog/lwf/doc/portfolio/opinion8.htm

[8] Papert, S. (1980). Mindstorms: Children, Computers, and Powerful Ideas. New York: Basic Books.

[9] Papert, S. (2005). Thinking about How to Think about Technology and Learning. Colombia Aprende, 1-6. Consultado em http://www.colombiaaprende.edu.co/html/investigadores/1609/article-72624.html

[10] Papert, S., & Solomon, C. (1971). Twenty Things to do with a Computer. Artificial Intelligence Memo No. 248. Cambridge: MIT Artificial Intelligence Lab.

[11] Resnick, M. (2007). Sowing for a More Seeds the Creative Society. Learning & Leading with Technology, (December/January 2007-08).

[12] Resnick, M., & Rusk, N. (1996). The Computer Clubhouse: Preparing for life in a digital world. IBM Systems Journal, 35(3&4), 431-440.

[13] Salomon, G., & Gardner, H. (1986). The Computer as Educator: Lessons from Television Research. Educational Researcher, 15(1), 13-19.

[14] Salomon, G., & Perkins, D. (1996). Learning in the Wonderland: What do Computers Really Offer Education? In S. kerr (Ed.), Technology and the future of education (Vol. NSSE Yearbook, pp. 111-130). Chicago: University of Chicago Press.

[15] Turkle, S. (2005). The Second Self: Computers and the Human Spirit, Twentieth Anniversary Edition. Cambridge, MA: The MIT Press.

[16] Turkle, S., & Papert, S. (1990). Epistemological Pluralism: Styles and Voices within the Computer Culture. Signs, 16(1), 128-157.